A
representação estudantil nos Programas, nas instâncias da Universidade e
enquanto entidade representativa da categoria é uma reivindicação histórica
das/os pós-graduandas/os na UFBA, para garantirmos nossas posições e
reivindicações construídas coletivamente. Em todo país, várias associações de
pós-graduandas/os fazem este combate, em conjunto com a Associação Nacional de
Pós-graduandos (ANPG).
No
mês de abril deste ano, representantes estudantis do Programa de Pós-graduação
em Educação (PPGE/FACED/UFBA) sofreram um grave ataque ao seu direito de
representação quando uma das representantes teve negado o seu direito a voto na
reunião de Colegiado por parte de um segmento de professores presentes. Sob o
argumento de que a representante já havia defendido a sua tese de doutoramento
e não mais representava a categoria, ainda dentro do período para o qual ela
foi eleita para representar as/os estudantes do PPGE e sem que sua defesa
tivesse sido homologada pelo próprio Colegiado, a coordenação e alguns professores
presentes vetaram o direito a voto da representante. Uma das professoras,
inclusive, chegou a acusar a representação estudantil de constituir “uma
determinada representação” (sugerindo representar um grupo político) e condicionou a tensão feita pelos representantes
a tal questão.
Sabemos
que vários representantes estudantis sofrem ataques em seus Programas ao
assumirem as representações, o que faz com que muitos desistam, pois se veem
entre conduzir seus projetos de pesquisa até o final sem sofrerem assédio moral
ou adoecerem, ou defender e representar democraticamente uma categoria. Essas
questões não devem se opor. Por isso, a defesa da autonomia estudantil e da
representação nas instâncias é fundamental para garantir que as reivindicações
das/os pós-graduandas/os sejam pautadas e defendidas.
Sendo
assim, consideramos arbitrária a posição assumida pelo Colegiado do
PPGE/FACED/UFBA, pois ataca diretamente a autonomia estudantil de eleger seus
representantes e de serem representados. Rechaçamos todo e qualquer ataque à
livre representação discente em quaisquer circunstâncias, assim como às nossas
pautas. Esse é um DIREITO conquistado por anos de luta das/os pós-graduandas/os
nesta Universidade, desde a fundação da APG, em 2010.
Saudamos
a posição assumida pela representação estudantil do PPGE, que segue mobilizando
a fim de garantir que a representante cumpra o papel para o qual ela foi
eleita: representar as/os estudantes.
Seguiremos
defendendo a livre representação estudantil em todos os Programas, em todos os
espaços conquistados pelas/os pós-graduandas/os. Numa situação de golpe em
nosso país, o ataque às representações nos Programas se soma ao ataque à
democracia, pois VETA o livre direito de representação mandatado
democraticamente pelas/os estudantes.
08 de julho de 2016
Associação de Pós-graduandas/os da UFBA
Gestão Construção Coletiva: Juntos somos fortes!
(2015/2016)
Acesse nosso parecer com base no Regimento Geral, no Regimento de Graduação e Pós-graduação da UFBA e nos Estatutos da APG e
ANPG clicando AQUI.
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